POR
QUE NÃO SÉRIE? ...
Seraphim Ribeiro
da Silva
Revista SOI –1997
Arquivo editado em 21/09/2002
Nós administradores de Clubes nos baseamos,
algumas vezes, em opiniões precárias e tomamos decisões
nem sempre acertadas. Na administração de uma sociedade cuja
composição associativa é heterogênea, não
é freqüente os acertos que atendam a maioria. Os objetivos
se tornam subjetivos na medida que são colocados em prática,
visando pulverizar contrariedades de alguns ou neutralizando apoio demasiado
de outros.
É compreensível que nos
esforcemos para superar todas as dúvidas que se espalham por toda
parte focalizadas sob a ótica de cada um. Mesmo as coisas que a
princípio parecem óbvias podem estar nos enganando. Contundo,
vale a pena tentar algo neste momento em que o mundo passou a ser uma oficina
de experiências e mudanças e não seríamos nós
meros recalcitrantes estacionários. Necessariamente é tempo
de atingirmos o ponto de equilíbrio e mudarmos procedimentos, atualizar
conceitos e esperar por resultados mais aceitáveis e lógicos.
Os clamores por paridade ecoam e nós, funcionamos como caixas
de ressonância. Senão vejamos.
Abordamos na oportunidade o processo adotado
pela FOB há mais de 30 anos designando como Campeão Geral
o expositor melhor pontuado no Brasileiro. Hoje, numerosos clubes e criadores
desejam mudanças. O sistema já produziu os resultados desejáveis,
é hora, portanto, de adotarmos outra postura. Isto é, a extensão
das possibilidades de premiar-se muitos criadores que, de uma forma mais
objetiva e inteligente, concentram-se na apuração da espécie
por linha. Trata-se, como se observa, da classificação dos
canários agrupados por série.
As mudanças com significativas
vantagens se sobrepõe a possíveis dúvidas porque o
aprimoramento da qualidade dos canários é matéria
indiscutível. As chances de pequenos e médios criadores de
ingressarem na especialização com possibilidades de sagrarem-se
campeões-de-série é fato irrefutável e estimulante.
Há, portanto, um elenco de benefícios que seriam estendidos
a um grupo bem maior de criadores que, além da melhor seletividade
dos pássaros concorrentes, contribuiriam também para reduzir
o excessivo número de canários nos campeonatos nacionais.
No processo atual se contempla como Campeão
Geral o expositor que obtém maior soma de pontos no segmento e sabemos
todos que, no Brasil com mais de 5.000 criadores, 5 ou pouco mais expositores
tem chances de conquistar campeonatos, pelas seguintes razões necessárias
e indispensáveis.
Poder aquisitivo elevado para compor um
plantel numeroso, diversificado e de alta qualidade; ser morador, preferencialmente,
em casa com alojamentos para criação; dispor de tempo integral
ou ter empregados ou pessoas que ajudam no manejo da criação
de modo geral.
Entendemos, por conseguinte, ser oportuno
tomarmos uma atitude decisiva e ampla e modernizarmos os campeonatos nacionais
e de clubes, oferecendo chances de destaque a inúmeros criadores
que se dedicam pelo apuro da qualidade dos canários dentro de cada
série e segmento.
Um dos argumentos mais explorados por
alguns criadores contrários à modificação das
regras é de que algumas cores ou linhas pouco comercializáveis
deixariam de ser criadas. Entendo improcedente a alegação
pois que, uma grande parte de pequenos e médios criadores se sentiriam
mais recompensados com a conquista de uma colocação honrosa
nos campeonatos regionais e nacionais do que o ganho de alguns reais pela
venda de seus produtos. Ainda existe a vaidade humana que, no caso em foco,
é salutar.
Vamos especializar para melhor premiar!
No lugar de um só campeão,
vários campeões ... de séries.
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